Eis que na correria da vida lá fora, um dia antes do dia D, juntei panelas e temperos e carnes e legumes e utensílios e preparei três sabores diferentes de sopas, que a priori me apeteceram já pelo nome:
- Carne com mandioca e legumes ao perfume de louro
- Abóbora com cenoura e gengibre
- Mandioquinha com alho-poró e manteiga
Esperava, com isso, dar certo aconchego aos dias de dieta líquida. Qual nada! Nenhuma delas, nem a substanciosa carne, nem a atrevida abóbora, nem a delicada mandioquinha me agradou o paladar. Um pouco pela temperatura – gelada, nada condizente com o frio da barriga e de fora dela – um pouco pela falta de inspiração maternal na hora da cocção, outro tanto por ter ignorado os princípios básicos da comida restituidora, errei na mão e tive de engolir muito a contragosto o resultado. Ruins não ficaram, mas faltou-lhes um quê de carinho.
Redimi-me hoje, com a simplicidade de uma canja daquelas que só a mãe (ou a gente, quando tem o firme propósito de auto-mimar-se) sabe fazer.
Ingredientes (para duas canecas):
- 1 sobrecoxa de frango, sem osso, sem pele e sem gordura
- 1 batata em cubos
- 2 cenouras em cubos
- 1 colher de sopa cheia de arroz cru
- pitada de sal
- 3 bolinhas de pimenta-do-reino branca
- azeite para regar
- sementes de papoula para polvilhar
Como fazer:
- Em panela pequena vão o frango, a batata, a cenoura, a pimenta e o sal. Cubra com água e leve ao fogo para cozinhar até que tudo esteja macio.
- Liquidifique tudo ou apenas desfie o frango.
- Ao servir, polvilhe a semente de papoula (ou salsinha fresca, se tiver) regue com azeite e contemple a barriga e o coração se aquecerem com a mãe das sopas, aquela que, junto com a prudência e o dinheiro no bolso, não faz mal a ninguém.
Que maravilha essa receita de canja, completamente diferente do que conheço.
Adorei as semantes de papoila.
Beijocas
Ficou lindo, bem com cara de mãe mesmo.
Bjos, Lú.
Ameiii!!!! Facinho e rapidinho!!!