Arquivo da categoria ‘Blog’

De cabo a rabo, sem vergonha

Peninhas no uniforme. A galinha é generosa. Galinha no terreiro é comida no pé. Onde foi parar a galinha inteira? Bicho que a gente não dá nome a gente pode comer. A gente não gosta de desperdício. A morte não pode ser em vão. Uma natureza horta. Decifro as poucas garatujas largadas na caderneta aos primeiros minutos da aula “Cozinha sem vergonha: galinha de cabo a rabo”, com Neide Rigo, Mara Salles e Ana Soares,  que aconteceu sábado no evento... [+]

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Sal, pimenta e curativos

Uma das primeiras fotos que fiz no curso de cozinha toscana, enquanto rezava para não sair dali de ambulância, ralar ou picar os dedos, quebrar alguma louça, virar azeite fervendo em mim mesma (ou em alguém!), me sapecar no forno ou escorregar e dar com a cara na quina da mesa. Correu tudo bem, em três dias só virei uma taça de vinho e fiz voar a tampa do processador. [+]

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O segredo do iogurte caseiro

A receita de iogurte caseiro está entre as mais visitadas desse blog. Publicada há  quase quatro anos, foi seguida dum breve relato familiar sobre a coalhada seca – o Lábane – e um muito mequetrefemente fotografado tutorial para fazer coalhada seca em casa. De lá para cá, minha vogra fez 85 anos, trocou o golzinho pelo táxi e deu um tempo na pintura de quadros, mas continua fazendo tricô para “os velhinhos” (muitos deles cronologicamente bem mais jovens que ela) e segue produzindo... [+]

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Gelatina de Tangerina

Costumo ter pacotinhos de gelatina incolor em casa, que gosto de misturar com iogurte em algumas invencionices (como o flan de iogurte com mel, o mágico de maracujá e aquele que está entre o flan e a mousse). Eles vêm em duplas e cada um endurece meio litro de líquido, segundo diz a embalagem. Dá pra fazer miséria com gelatina incolor, se você lembrar dessa regra e seguir as orientações do envelope. Uma mistureba de leite de coco + leite... [+]

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Sopa de Espinafre

Eu leio livros de comida antes de dormir. E por livro de comida entenda-se desde o manual da batedeira nova que ensina a fazer pães e massas e bolos básicos, até as relíquias hedadas das vós, passando por toda sorte de relatos e estudos gastronômicos, impressos em papéis de variadas gramaturas, com capas duras, moles ou perdidas no tempo, nacionais e gringos, biográficos que fazem chorar, burocráticos que ensinam técnicas, com fotos lindas, medonhas ou inexistentes, receitas, receitas, receitas de... [+]

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Quase perucas

Enfileirados na prateleira, mais e mais livros e revistas ganham essas coloridas perucas arrepiadas de tiras de papel marcando a infinita e crescente lista de receitas a testar. [+]

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Oeufs en Cocotte

Sou doida por um ovinho. Não tanto quanto o Babbo, que na época da faculdade ganhou dos irmãos a alcunha de Lagarto por chegar tarde da noite da aula, esbaforido, esfomeado e não contar tempo para devorar alguns (vários) ovos cozidos-fritos-estrelados-com arroz-no pão-com purê de batata-com restinhos-mexidos… não chego aos pés da empolgação de meu pai quando jovem (hoje ele anda bastante mais comedido) mas, como ia dizendo, gosto que me enrosco dum ovinho. E gosto deles com aquela gema-molho... [+]

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Bolo de Cenoura

A receita veio do fichário vermelho, ignoro a procedência e só sei dizer que é a primeira vez que testo esta versão do prosaico e, por isso mesmo, delicioso bolo amarelinho com calda de chocolate. A que conheço desde menina (e que cheguei a modificar levemente aqui), aprendi com a mãe e leva cenouras cozidas, enquanto nesta elas vão cruas mesmo para dentro do liquidificador. Jogo rápido para reinaugurar o forno, sem muita fuzarca e com pouca bateção, que pras... [+]

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Comendo as Panelas

Das suculentas e fofas mini-abóboras recorte a tampa e retire as sementes com uma colher. Leve para cozinhar no vapor por uns 20 minutos. Recheie com colheradas de carne moída refogada , um punhado de cheiro verde e salpique pedaços de ovo cozido só pra fazer graça. Não tem ou não gosta de carne moída? Use aquele restinho de frango ao curry, recicle o guisado, refogue um pouco de camarão com leite de coco, dê providência no picadinho de tresontonte,... [+]

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Quiche Lorraine e a razão das coisas

Ovo, manteiga, farinha, creme de leite. A depender da técnica utilizada e dos apetrechos que se adiciona, esse quarteto pode virar uma lasanha de toda vida, uma torta de fruta daquelas de padaria, uma cuca de nata, um bolo de casamento, um delicioso improviso de restinhos da despensa, um desastre total. Vai depender da atenção e habilidade do(a) cozinheiro(a) e da qualidade dos ingredientes, obviamente, mas que não se despreze a influência da proporção entre líquidos, pós, gorduras, proteínas e... [+]

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