E agora o Leitor e a Leitora queridos vão ter de me aguentar, pois desembestei, abri a porteira, estou com a macaca e resolvi dar vazão às receitas e causos que estavam na fila há meses. Começo com o preparado do livro “Cocina de Temporada para Inexpertos”, que driblou meu receio e me fez comprar (e finalmente usar!) o maçarico culinário. Quem não dispuser do utensílio não deve se acanhar, há sempre um truquinho a aprender. Ingredientes (2 porções): 1/2... [+]
Aos poucos, vou restabelecendo as coisas nesse blog, que tanto sofreu com meu descaso, com a troca de roupa provocada por ataques de hackers e com a desconfiguração de uma montoeira de coisas no caminho. Pouco a pouco vou pendurando etiquetas, as “tags”, em cada uma das cerca de 500 postagens escrevinhadas e fotografadas nesses 4 anos e pouco. Junto com as categorias (Escritos, Pitadas ou Receitas, por enquanto), são elas que vão ajudar o Leitor ou a Leitora a... [+]
Alguma-coisa-e-25, ou 26, na estação de Canal, na boca da correspondência com a Linha 7. Levava os fones de ouvido bem acomodados e escutava um dos muitos programas de rádio Splendid Table, perfeitos para viagens em transporte público, já que em Madri muitos passageiros generosos deixam seus celulares no último volume, compartilhando com o vagão inteiro os toques e as músicas indecifráveis de seus vistosos aparelhos. O episódio tinha uma entrevista com um Senegalês de voz doce. Ele estava lançando... [+]
Ando às voltas com essa que tem os braços dados com a Impermanência e me faz lembrar que tudo o que é perfeito e arranjado demais, simétrico e combinando demais, planejado e previsível demais, limpo e plástico demais pode até ter seu valor, mas em dois segundos podem me enfadar tremendamente. Ela ronda minha cozinha e dá as caras na lasca de bolo que se agarrou à forma e não quer sair, no pão que amorenou dum lado só, no... [+]
Uma fatia de pão tostado, uma colher de sopa de atum em azeite, tiras de pimentão vermelho assado e sem pele, sal, pimenta e salsinha. E uma tacinha de vinho, por supuesto 🙂 [+]
Não bastasse a temporada de folhas amarelo-alaranjadas pelas ruas, mixiricas, peras e cogumelos infinitos nos mercados, chegou à minha caixa postal num dia de muito trabalho um pacotinho que me emocionou deveras neste outono madrilenho. A história remonta à primavera, quando a Debora, mãe de Sathya, me alegrou o coração ao contar que o moço havia libertado sua Dadivosa interior e estava cozinhando para seus colegas monges algumas das receitas que lia por aqui. O primeiro que vi foi uma... [+]
Foram-se os dias calorentos, ficou mais essa sopinha fria para publicar. Periga ser mais fácil de fazer do que pronunciar o nome, espia: Ingredientes Ingredient 4 tomates médios em cubos 2 cenouras em rodelas finas 1 dentinho de alho 1 maçã vermelha pequena 1/2 xícara de azeite de oliva 2 colheres de sopa de vinagre de jerez sal e cominho em pó a gosto ovo cozido para ornar Como fazer: 1. Leve os tomates ao copo do liquidificador e bata bem. Incorpore as cenouras aos poucos... [+]
Lembrete para mim mesma: Se for beber aquela tacinha de vinho, morrendo de fome enquanto prepara a receita, não fotografe. E se for fotografar a receita, morrendo de fome, mesmo tendo bebido aquela tacinha de vinho, verifique luz e foco… pelo menos. E com essa foto malacabada, deixo aqui a com pêssegos, segunda colocada da enquete, que me foi gentilmente presenteada pelo leitor que atende pelo codinome de Anxiño, via este comentário. Cubra o fundo de uma panela com azeite... [+]
E foi a batata mesmo que ganhou a enquete, seguida de perto pelo pêssego. Vou publicar as três receitas, na ordem de pontuação. Compartilho com o leitor e a leitora queridos uma versão do meu petisco madrilenho preferido, aquele me que puxa o zóio na hora de ler o cardápio e que, na sua ausência, me faz pedir-por-favor-seu-garçom se não tem como preparar uma porçãozinha. Com vocês… Las Patatas Bravas! A foto que fiz, à noite, com muita fome, é... [+]
O nome dela era Pilar, o que só descobri na despedida, e tem 74 anos, o que descobri mais ou menos na metade do caminho. Estava na minha frente, cabelos brancos, ralos e curtinhos, casaco bege como o meu, metro e meio, esperando para atravessar a rua, quando desatou a chover uma água fina e gelada. O homem de terno preto fumava entre nós duas, impaciente. Me enchi de coragem e, num ato tremendamente egoísta nesse dia tão estranho, perguntei... [+]