Bati este bolinho com a mãe durante minhas semiférias, numa tarde de muito calor. Trata-se de um clássico que não pode faltar na praia desde que me entendo por gente, pois a Vó sempre o fazia à tarde, para comermos quando chegávamos com aquela fome acumulada de horas debaixo do sol e dentro do mar. Tentarei detalhar ao máximo o processo, os ingredientes, temperaturas, seqüência e truques de forma que o Leitor e a Leitora possam reproduzir em seus próprios lares esta receita... [+]
Com o Leitor e a Leitora queridos, com minha cozinha, com meus escritos e com a câmera fotográfica estou em débito há semanas a fio. Nada que possa justificar tamanha ausência, já que o tempo é a gente que faz e jamais me havia agarrado a preguiça de bater um bolinho de madrugada. Na tentativa de me redimir (um pouco com os leitores e com a cozinha, já com os escritos e com a câmera preciso me entender mais longamente), deixo aqui... [+]
Herdei de meu pai, o Babbo, uma paciência incrível para descascar laranjas. Faço-o com maestria, sem bagunça nem chacina. Nem pareço eu! A técnica consiste em retirar a casca toda de uma só vez, formando uma linda espiral. Depois retira-se, com velocidade de prestidigitador, toda a pele branca e amarga, penúltimo vestígio da interface da laranja com o mundo. Deixa-se intacta a membrana fina que reveste os gomos, podendo-se retirar as sementes com um golpe certeiro da faca afiada ou, numa... [+]