(foto: divulgação)

Dia desses me agarrou a vó Dinah. Tive ímpetos não de bater um bolinho, mas sim de fazer massa. Nunca havia me aventurado no amassa-estica-estica-estica-estica, muito embora soubesse que não era complicado, porque as maiores delícias são assim: simples.

Simples, porém trabalhosas, como comida de vó. Via de regra, essas receitas-tesouro têm meia dúzia de ingredientes, duas frases de instruções de preparo e algumas horas de labuta. É o caso das rosquinhas de polvilho da bisa Lina, da sobremesa de banana da vó Nair, dos charutinhos e esfihas da Vogra…

… e do macarrão da vó Dinah.

Macarrão esse que exige só farinha de trigo, ovos, pitada de sal e uma trabalheira danada para esticar a bolinha de massa. Uma trabalheira que não combinava com os trinta e tantos graus acusados pelo termômetro da rua, mas não me deixei desanimar! Minha intrepidez se fez consumo e adquiri uma maravilhosa e reluzente máquina de macarrão. Tudo para mais rapidamente dar vazão a essa vontade que não cabe em mim.

O Leitor e a Leitora hão de ver por aqui uma série de massas frescas e caseiras, recém-cozidas na água e sal e macias, porém al dente. A primeira leva transformou-se em três:

1. a que passou pela máquina para fins de limpeza e preparação que foi descartada após gritinhos de felicidade quando notei que havia logrado meu intento,
2. a que foi cozida sob meus olhos encantados e degustada só com azeite e parmesão para melhor sentir o gosto da receita cumprida,
3. e a terceira que foi guardada feito jóia no freezer.

A receita de como fazer macarrão caseiro, com o passo-a-passo, as mancadas e o relato da tremenda bagunça na cozinha virão nos próximos dias, com sorte acompanhadas de fotos. Por ora, posso dizer que a satisfação de preparar a própria massa rendeu à engenhoca o título de “Aquisição Culinária do Ano”. 😉