Arquivo da categoria ‘Pitadas’

De Castigo

Vai daí que aquela rama de salsa crespa, semi-desmaiada, aquela mesma, que foi esquecida fora d’água em dias de tempo seco por demais, não foi desperdiçada. Amarrei-lhe um barbante nos pés juntos, pendurei todo mundo de cabeça para baixo na prateleira e depois de uma semana a “peça decorativa” perde uns galhinhos a cada vez que invento uma cozinhança. Esfrego umas quantas folhas entre os dedos e alegro o que estiver na mira. É a redenção da salsa crespa, que... [+]

arabesque

De cabo a rabo, sem vergonha

Peninhas no uniforme. A galinha é generosa. Galinha no terreiro é comida no pé. Onde foi parar a galinha inteira? Bicho que a gente não dá nome a gente pode comer. A gente não gosta de desperdício. A morte não pode ser em vão. Uma natureza horta. Decifro as poucas garatujas largadas na caderneta aos primeiros minutos da aula “Cozinha sem vergonha: galinha de cabo a rabo”, com Neide Rigo, Mara Salles e Ana Soares,  que aconteceu sábado no evento... [+]

arabesque

Sal, pimenta e curativos

Uma das primeiras fotos que fiz no curso de cozinha toscana, enquanto rezava para não sair dali de ambulância, ralar ou picar os dedos, quebrar alguma louça, virar azeite fervendo em mim mesma (ou em alguém!), me sapecar no forno ou escorregar e dar com a cara na quina da mesa. Correu tudo bem, em três dias só virei uma taça de vinho e fiz voar a tampa do processador. [+]

arabesque

O segredo do iogurte caseiro

A receita de iogurte caseiro está entre as mais visitadas desse blog. Publicada há  quase quatro anos, foi seguida dum breve relato familiar sobre a coalhada seca – o Lábane – e um muito mequetrefemente fotografado tutorial para fazer coalhada seca em casa. De lá para cá, minha vogra fez 85 anos, trocou o golzinho pelo táxi e deu um tempo na pintura de quadros, mas continua fazendo tricô para “os velhinhos” (muitos deles cronologicamente bem mais jovens que ela) e segue produzindo... [+]

arabesque

Quase perucas

Enfileirados na prateleira, mais e mais livros e revistas ganham essas coloridas perucas arrepiadas de tiras de papel marcando a infinita e crescente lista de receitas a testar. [+]

arabesque

Comendo as Panelas

Das suculentas e fofas mini-abóboras recorte a tampa e retire as sementes com uma colher. Leve para cozinhar no vapor por uns 20 minutos. Recheie com colheradas de carne moída refogada , um punhado de cheiro verde e salpique pedaços de ovo cozido só pra fazer graça. Não tem ou não gosta de carne moída? Use aquele restinho de frango ao curry, recicle o guisado, refogue um pouco de camarão com leite de coco, dê providência no picadinho de tresontonte,... [+]

arabesque

A batata é só uma desculpa

O que eu queria mesmo era dar um oi pro Leitor e pra Leitora queridos, dizer que cheguei bem e viva, que trouxe aquelas panelas coloridas, que a única parte da mudança que desencaixotei decentemente foram as cacalhadas de cozinha, que festejei o fato de cozinhar com fogo novamente, que desta vez, ao chegar em frente ao portão,  a Frida não me sorriu latindo coisíssima nenhuma, ficou com raiva e me ignorou por uma semana, que nesse sol de outono... [+]

arabesque

Bròquil Morat

Vou olhar pra essas plantas mais de perto, investigar melhor os mercados, tomar aquele sorvete de iogurte com amoras e bater perna por aí. Escapo de Madri de novo, rapidinho, para voltar mais velha e mais feliz:) [+]

arabesque

Frescos e Amáveis

E quem duvida? Mercat de Santa Caterina, Barcelona. [+]

arabesque

El Amateur

Ele escreveu isso no ano em que nasci. Sou mesmo uma amadora, que cozinha a troco de nada, e ama uma e outra vez 🙂 “El amateur (alguien que se dedica a la pintura, la música, el deporte y la ciencia sin espíritu competitivo ni ánimo de convertirse en un maestro) renueva su placer (amator: aquel que ama una y otra vez), no es ningún héroe (de la creación, de la representación); se instala voluntariamente (a cambio de nada) en... [+]

arabesque