“Oh, j’ai cassé un oeuf!” foi uma das primeiras frases que aprendi em francês, junto com a Marselhesa e “J’ai cassé le DO de ma clarinete / J’ai cassé le DO de ma clarinete/ Ah, si papa il save ça/ tralala…” A frase do ovo quebrado, se a vista não me pisca, estava lá para ensinar os números, eram slides (coisa mais antiga) de uma visita à feira livre. Tinha também as pommes-de-terre, que na minha cabeça não eram batatas,... [+]
Leitor e Leitora queridos, antes de deixar aqui as instruções para essa delícia de bolo, um alerta: muito desvelo ao lançar-se de última hora à receita não testada da revista para coroar o jantar das visitas. Olhovivo, farofino e, se possível for, um pouco mais de tempo e um Plano B são como canja de galinha. Mal não vão fazer. Eis que o menu era de comidas arabinhas (já feitas e refeitas um bocado de vezes, daqui a pouco mais... [+]
Quem disse que só se faz sorvete com maquininha, hein? Mais uma vez a receita do sorvete da vó Dinah foi levada a um almoço de domingo na casa dos tios e primos ‘por parte de marido’, só que de roupa nova, enformada como um pudim. Mais uma vez escolhi os melhores ovos caipiras, peneirei as gemas, bati as claras em neve, deixei a forma dormir no congelador e protegi a sobremesa com um pano de prato branquinho (daqueles com barra de... [+]
Simples e aromática, esta receita de liquidificador disputa com o Bolo de Milho Super Caseiro o posto de melhor bolo que já passou pela minha cozinha. Os ovos caipiras, a manteiga de boa qualidade, o iogurte feito em casa, a farinha de trigo especialíssima (tipo 00) e o clima finalmente um pouco mais fresco e úmido do domingo certamente contribuíram para o sucesso, mas a graça mesmo está na fofura e delicadeza da massa, que não exige prática alguma na... [+]
Tenho a receita guardada há uns vinte anos, creio. Dona Yvette, cujos filhos eram bem mais velhos que nós, fez questão de escrevê-la para a mãe, visto que a iguaria fazia imenso sucesso conosco, as criOnças devoradoras de bananas. Dona Yvette e Seu Procópio vinham de Minas, adoravam uma praia e tinham a celestial paciência de nos levar com eles em seus passeios de verão. Por algumas horas, eram avós emprestados, perfumados, doces e aconchegantes como o bolinho que serviam... [+]
Há amigos que transcendem gerações. São dos pais, dos avós, dos tios e dos filhos, moram no coração da família toda. Em casa temos uma coleção dessas figuras queridas por todos, dessas amizades raras e especialíssimas com que o Pai e a Mãe nos presentearam e cujo carinho nos ensinaram a cultivar. A Seca é uma dessas amigas. Visitava-nos quando eu ainda era um bebê roliço, escrevia-me cartas cheias de figurinhas quando ainda não sabia ler, recebia a mim e... [+]
De tão simples, nem deveria ser propriamente uma receita, está mais para idéia ou dica. O Leitor e a Leitora podem adaptá-la ao seu paladar, despensa, disposição ou necessidade calórica. Ingredientes: (para 4 porções) 500 ml de iogurte natural (o desnatado fica mais leve, o integral é mais encorpado, metade iogurte e metade creme de leite também fica gostoso) 1 pacotinho de gelatina incolor sem sabor 2 colheres de sopa de mel 2 xícaras de morangos 1 xícara de espumante... [+]
Há quase dois anos, publiquei a receita de Nega Maluca que a Yuli costuma preparar com muito garbo e formosura. Como ontem ela comemorou seu aniversário, já em sua casinha nova mais para o Sul, e recebeu, ainda com voz de caverna, meu telefonema de feliz aniversário às oito e meia da madrugada, republico o post à guisa de singela homenagem à minha querida irmã que tem altura de freira*. Ingredientes: 3 xícaras de trigo 2 xícaras de açúcar 1 xícara de chocolate em... [+]
Mais ou menos um quilo de uva-rosa e duas xícaras de açúcar foram para a panela até ferver. Depois, por uma peneira, aos bocados, a mistura foi espremida para deixar de fora as cascas e as gordas e apegadas sementes. De volta à panela, a espuma que sobe é retirada com cuidado. Não carece de ficar mexendo muito, não. Ao contrário dos doces de tacho, geléia não dá trabalho: é fruta, açúcar e fogo. O tempo? Ah, o tempo de... [+]
De origem alemã, esse bolo-pão com cobertura doce é muito apreciado no Sul do Brasil, onde recebe a alcunha de cuca (ao que tudo indica, uma corruptela de ‘kuchen’). De origem alemã também era a Vó Nair, exímia fazedora de variadas e aromáticas cucas atraidoras de visitas para o café no meio da tarde. Às vezes ela me deixava descascar, picar e passar em açúcar e canela as bananas da cobertura enquanto preparava a massa úmida. Por maior que fosse a quantidade... [+]