Terapia das Massas – Ravioli Conselheiro

Inegável é o poder reconfortante da macarronada e seus semelhantes. Lasanha, talharim, espaguete e nhoque figuram entre os mais queridos quando se trata de pacificar a alma. É a terapia das massas, na qual cada formato pode assumir um poder curativo distinto.As gravatinhas têm jeito de festa, a aletria no chama à ação com seu cozimento rápido, os parafusos se agarram ao molho como nos agarramos aos indícios de que tudo ficará bem, as letrinhas lembram a infância, as conchas transmitem sensação de aconchego…

Para além da cozinha, diria que só mesmo um bom banho quente e uma noite bem dormida chegam perto da eficácia e baixo custo da mistura mágica de ovo e farinha. Diz o provérbio popular que o travesseiro é bom conselheiro, e foi com intuitos terapêutico-gastronômicos que preparei mui rapidamente o prato a seguir.

Ingredientes:

  • 1 pacote de raviolis frescos (tanto melhor se caseiro, na falta desses uma boa rotisserie ou mercado municipal resolve)
  • 1 receita de molho béchamel
  • queijo parmesão ralado a gosto
  • manteiga para untar o refratário

Como fazer:

  1. Ligue o forno em temperatura alta para preaquecer.
  2. Prepare o molho béchamel e reserve.
  3. Leve ao fogo uma panela com água o suficiente para cozer a massa. Siga as instruções do fabricante, cuidando para deixar a massa al dente.
  4. Unte um refratário com manteiga.
  5. Espalhe uma concha de béchamel no fundo do refratário formando uma camada fina, tal e qual lençol branquinho de algodão macio.
  6. Sobre o lençol de molho, arrume os travesseirinhos de massa. Sobre eles, uma bela cobertura de molho, espessa e quentinha como um edredon de plumas.
  7. Cubra tudo com queijo ralado e leve ao forno até gratinar.
  8. Coma com preguiça e reflexão, afinal, como diz o provérbio popular, o travesseiro é o melhor conselheiro. 😉

Categorised as: Receitas, Receitas Salgadas


21 Comments

  1. Larissa disse:

    Ai que sonho essa receita, essa narrativa!
    já tô até me sentindo mais “aconchegada”.
    beijinho.

  2. Lunalestrie disse:

    Texto genial, perfeito! 🙂

  3. Márcia disse:

    Voltando em grande estilo…
    Ai que vontade de um raviolinho reconfortante!!!
    Beijos.

  4. Silvia Arruda disse:

    Concordo em gênero, número e grau. É inegável mesmo o poder reconfortante da macarronada e seus semelhantes. “Lasanha, talharim, espaguete e nhoque figuram entre os mais queridos quando se trata de pacificar a alma”… falou e disse, Dadi!! 🙂

  5. Elvira disse:

    Concordo: um pratinho de pasta faz sempre bem à alma…! 🙂

    E então, ravioli!

  6. ana de toledo disse:

    zzzzzzzzznem consegui comerzzzzzzzzzztotalmente relaxzzzzzzzzreconfortantezzzzzzz

  7. Neile disse:

    Ah, Dadi!!
    Eu sou simplesmente l-o-u-c-a por massas..então, este seu prato pra mim foi mais que demais!!! E sua imaginação continua imbatível, hã?!
    E maravilha sabe-la bem e na “correria boa”..rs..
    Carinho,

  8. Leilah disse:

    Dadi, essa descrição do preparo do ravioli foi tão singela….travesseiros, edredons, plumas….na melhor pra descansar o corpo e a alma….eu adoro massas, mas normalmente consumo sem recheio pq os recheios de massas prontas parecem papel pra mim, não gosto. Tb nunca tive a sorte de achar uma rotisserie q valesse a pena…qdo tiver uma oportunidade comprarei no mercadão para experimentar.
    Beijos queirda!

  9. Vicki disse:

    Ai, gatinha, a terapia da massa funciona muuuito lá em casa. Porém, em casos extremos, só cozinhar e comer a massa não me basta: preciso sovar, abrir, cortar para liberar toda a tensão antes de poder relaxar e saborear.
    Um beijo,

  10. Verena disse:

    Perdição mesmo um prato de massa, mais um alimento para a alma, dá uma olhadinha no post de hoje do Mangia!
    Um beijo!

  11. Samis disse:

    Ainda estou testando as receitas de molho bechamel… não achei a minha favorita.. ;( que vergonha,um simples molho branco dando esse trabalho danado ..hehehe
    FDS vou tentar do jeito que você ensinou ..hehehe
    Beijokas

  12. Uma boa massa, um bom molho e uma taça de vinho. Não há solidão em tão boas companias.

    Alessander Guerra

  13. ruth disse:

    Fê, este ravioli tem a imponencia das camas box com o aconchego de um berço.Garrou-me uma vontade de fazer,(acho que desta noite não passa)
    Beeeeeeeeeeeijos

  14. Malu disse:

    Que “dilícia”, Dadi! 😉
    Me senti muito reconfortada , só de olhar, voltou com tudo hein moça!
    Vou soltar a dadidvosa que existe em mim , e me deleitar com esta receitinha pra lá de saborosa.
    Huuuuummmmmm, vontade de morder o monitor, delicious!
    Beijo, querida!
    🙂

  15. Carla disse:

    Hummm, que delícia esses travesseiros. Mas reconfortante, impossível.
    🙂

  16. Karla disse:

    Dadi,
    desejo que você receba em dobro o conforto que nos passou com esse texto perfeito.
    Beijo

  17. Diego disse:

    Dadivosa, adorei esse post. Eu também acredito no poder reconfortante das massas. Vai ver que é a veia italiana falando mais alto.
    E esse ravioli tá de chorar. Que coisa linda!
    Bjs

  18. Diogo disse:

    Falou e disse, querida: concordo em gênero, número e grau!!!

    Não há nada nesse mundo que uma boa massa com uma taça de vinho tinto não resolva. Se os psicanalistas souberem que a gente tá jogando isso aos quatro ventos… hahahahahahahaha!!!!

    Beijão, Diogo.

  19. tomie oshiro disse:

    Buááááá cadê nossa dadivosa?? (batucando na mesa) VOLTA! VOLTA! VOLTA!

  20. Dadivosa disse:

    Pessoal, acho que o travesseiro fez um efeito calmante por demais, garrou-me uma preguiiiça… mas já voltei com um bolinho inaugural!

    Ah, e a Ruth aí de cima é minha maman 🙂

    Beijos

  21. o avental disse:

    Sorri-me com o título: tirei um outro sentido dele. Se as “massas” tivessem raviolis destes esqueceriam logo o pão que o Diabo amassou.

    Os hidratos de carbono são bem melhores que compridozinhos ansiolíticos, e a gente perdoa-lhes o que fazem engordar pelo bem que sabem à alma 🙂

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