Quando se é parte calor, parte privação de sono, parte rebuliço e parte inapetência, vai-se à cozinha de avental azul, faixa no cabelo e assam-se beterrabas, confitam-se tomates amarelos e lava-se aquela folharada toda. Porque a cozinha, mesmo em tempos revoltos (e sobretudo neles), é mais um daqueles Cs que curam. E faz-se uma daquelas comidas que revigoram os olhos, o corpo e a cabeça. No prato: um punhado de folhas de rúcula lavadas e secas, tomates ‘sweet’ amarelos confitados*,... [+]
Encontrei tomates cereja tão bonitos quanto os da foto. Foram ao forno baixo, por meia hora imersos em azeite com sal Maldon, sem mais. Poderia ter juntado pimenta, ervas quaisquer, alho, vinagre balsâmico, açúcar… não achei que precisasse, e não precisou. Receita de Tomates Confitados Ingredientes: 400 g de tomate cereja (com cabinho, se encontrar) 200 ml de azeite (aproximadamente) sal em escamas (usei Maldon) ou sal grosso esmagado no pilão folhas de louro, alecrim fresco, tomilho fresco, dentes de... [+]
Ingredientes: 6 beterrabinhas orgânicas lavadas, com casca 1 folha de louro azeite sal e pimenta a gosto 2 colheres de sopa de queijo gorgonzola esmigalhado 2 colheres de sumo de limão (usei siciliano, cravo também deve ficar bom) folhas de rúcula para ornar, se tiver Como fazer: Ligue o forno. Num papel alumínio, vai um fio de azeite, o louro, as beterrabas, pitada de sal e de pimenta-do-reino moída na hora. Feche bem o papel alumínio, formando um pacotinho, e... [+]
Pouco importa o último grito da modinha féxion das coisas de comer. Ou o banzo que dá quando esse tal último grito passa, nos deixando a todos atordoados e a torcer o nariz para aquilo que um dia foi a estrela da festa, o assunto das rodinhas, a capa do suplemento do jornal, a diva onipresente nas fotos das revistas bacanas, a receita ‘chique’ que por fim chega à mesa de (quase) todos e cai na sempre crescente lista do... [+]
Ele era parte de uma leva exagerada – um lapso que me fez dobrar a receita sem querer – e estava há uns dias no congelador, a esperar que minha fome o resgatasse diretamente para a cama quentinha de uma peneira sobre água fervendo. Ainda estava bonito, gostoso e perfumado, mas àquela hora da noite e do resfriado, recusou-se a colaborar com a foto. A receita, para quatro porções: Ingredientes: 1 xícara de arroz basmati 1 1/2 colher de sopa... [+]
É daquelas que nem bem receitas são, valem mais como dica. Mas já fiz tantas vezes e acho tão gostoso que quis compartilhar. As quantidades vão depender do número e da fome dos comensais, fique à vontade para acrescentar e diminuir de acordo com seu gosto e vontade. Ingredientes (para uma porção): 3 batatas pequenas sal 1 colher de chá de manteiga (usei com sal) 1/2 colher de chá de pasta de wasabi (ou a gosto) Como fazer: Descasque e... [+]
“Oh, j’ai cassé un oeuf!” foi uma das primeiras frases que aprendi em francês, junto com a Marselhesa e “J’ai cassé le DO de ma clarinete / J’ai cassé le DO de ma clarinete/ Ah, si papa il save ça/ tralala…” A frase do ovo quebrado, se a vista não me pisca, estava lá para ensinar os números, eram slides (coisa mais antiga) de uma visita à feira livre. Tinha também as pommes-de-terre, que na minha cabeça não eram batatas,... [+]
Dizem que o bom mesmo para fatiar regular e finamente qualquer vegetal é a tal da mandoline, espécie de ralador manual afiadíssimo que, nas espécies mais garbosas, exibe sua lâmina ultra-cortante enquanto equilibra as patinhas delgadas sobre a bancada da cozinha e oferece seus préstimos a criaturas bastante menos estabanadas do que eu. No fim de semana uma dessas me capturou a atenção pela vitrine. Cheguei mais perto, peguei a caixa, olhei, namorei, bisbilhotei e resolvi que só ia comprar... [+]
Quando o frio lá fora nos faz soltar um riso nervoso para as gélidas folhas verdes da salada, estas beterrabas morninhas acompanham com formosura e exuberância a refeição. Basta cozê-las com casca em água, depois passá-las rapidamente pela água fria enquanto puxa as peles com a faca, picá-las como preferir com a ajuda do garfo para não queimar as mãos e fazê-las descansar bem cobertas até a hora de servir numa vasilha de vidro ou cerâmica com um pouco de... [+]
Um dia ainda hei de ter a pachorra de listar as façanhas culinárias de maman. Algumas não são lá muito gloriosas, como a fuzarca de louças, panelas, facas, talheres e cascas que fica a pia ao término da cozinhança, o caos organizado da geladeira ou aquela história do caldo de peixe sem peixe que volta e meia o tio reconta. Mas a mãe tem assim um jeito de cozinhar inimitável e delicioso, com pratos e proezas de se tirar o... [+]