A amiga leitora deve conhecer uma infinidade de receitas de shitake shimeji refogado e é provável que tenha ela mesma sua própria preparação secreta.
Pois a minha varia enormemente, dependendo dos ingredientes disponíveis e das pequenas ortodoxias gastronômicas dos comensais.
Quando a despensa, a geladeira e os convivas entram em harmonia total e clima de abundância de sabores, posso acrescentar: gengibre, alho, molho de ostra, salsinha, cebola… só tomo o cuidado de não jogar tudo junto e escolher bem um ou outro para não matar o gosto delicado desse cogumelo.
É importante também observar que o preparado não carece de muita cocção. Alguns minutinhos de borbulhas são suficientes para deixar a iguaria no ponto certo.
Segue minha mais básica versão, que foi preparada ontem na casa de amigos queridos (que, de tão queridos, chegam a ceder a cozinha para uma Dadivosa em crise de abstinência, vejam só!)
Ingredientes:
- 2 caixinhas de cogumelo
shitakeshimeji muito fresco - 2 colheres de sopa de manteiga
- 1/2 colher de sopa de óleo vegetal
- 1 xícara de saquê culinário
- 1/2 xícara de shoyu
- pitada de pimenta-do-reino
- 1/2 xícara de cebolinha verde picada
Como fazer:
- A primeira providência, que no meu entendimento é a parte mais divertida, é abrir os galhinhos de
shitakeshimeji. Não gosto de usar faca, não. Vou puxando os cabinhos com cuidado para não magoar as cúpulas e deito os cogumelos,devidamente debulhados, numa vasilha grande e funda para que não se amassem uns aos outros. - A partir daqui, tudo será muito rápido, por isso recomendo que seja a última coisa a ser preparada em seu almoço-jantar-petisco-lanche-brunch etc.. Aqueça um wok ou frigideira grande. Derreta ali a manteiga, junto com o óleo que é para não queimar.
- Deite os cogumelos com cuidado e vá virando para que fiquem todos bem untados com a manteiga quente. Assim que eles murcharem um pouco, pode adicionar o saquê culinário.
- Deixe o saquê evaporar por um a dois minutos, adicione o shoyu, revolva tudo mais um pouco e experimente, que você não é de ferro 😀
- Um minuto depois, polvilhe um tantinho de pimenta-do-reino, mexa, adicione a cebolinha, mexa de novo e apague o fogo.
- Rende umas 3 a 4 xícaras, mais ou menos. Como o
shitakeshimeji perde água e murcha um pouco no cozimento, imagine que o volume final será cerca de metade do que era quando os galhinhos ainda estavam crus. Fica delicioso sobre torradas, brusquetas, na omelete, acompanhando um arroz, com uma massa curta, sobre a polenta, purê de batata, dentro de uma tapioca…
.*. Atualização .*.
Graças ao Julio, Leitor Dadivoso e mui atento, pude corrigir a informação de que o refogadinho foi de shimeji, e não de shitake! Passei a tarde corrigindo a amiga na cozinha e acabo por publicar o nome errado, ora vejam que ironia 🙂
a minha é parecida, mas também varia de acordo com o que tenho na geladeira. A última vez que fiz comi com polenta mole. yummy
Beijos
Eu experimentei há algumas semanas o shitake com filezinho em cubos com molho teriaki. Comemos puro, mas pensei que ficaria ótimo dentro de uma panqueca ou enroladinho juntamente com uma saladinha fresca num pãozinho sírio ao estilo “wrap”!
Falando em “wrap”, experimentei fazer na semana passada uma receita de charutos de repolho que ficou ótima! Diante do quadro de crescimento acelerado da “pancinha” (também conhecida como pochete), resolvemos apostar em receitas mais leves. O link da receita vai abaixo, com a ressalva de que eu fiz algumas adaptações: acrescentei outros temperos, cebolinha e shoyo, a cenoura não foi ralada mas em tiras, coloquei um pouco de tomate picado aproveitando o miolo retirado para fazer tomates recheado (esse fica pra outro comentário!), não usei ricote defumada e o charuto não foi cozido em água, mas no forno com um pouco de azeite (isso talvez tenha tirado um pouco do seu caráter “light”).
https://cybercook4.uol.com.br/mostra_receita.php?codigo=LP|45|216955|5302&cod_cadastro=216955
Fica a sugestão 😀
Beijos!
Daniela, quando é que você vai publicar essa receitinha de polenta mole no Fouet, hein?
Renata, tu tá por demais de dadivosa, menina! Tá na hora de começar a pensar em fazer seu sitezinho 😀
Ainda não fiz charutinho de repolho (shame on me) e essa receita me animou bem bastante, ainda mais com esses seus truques aí…
Precisamos fazer um encontro dadivoso com tema das arábias, né?
beijusss
Precisamos!! E a excursão noturna na Ceagesp!
É que você é uma ótima influência!! 😀 Resolvi tirar algum proveito dessa minha fase totalmente dona de casa e exercitar a paciência de planejar e preparar o jantar nosso de cada dia. O próximo desafio é driblar a preguiça e ir à feira… Uma verdadeira terapia para os males da vida moderna!
:*
O sabor do shiitake é inigualável! Uma delícia!
Adorei a sugestão de comer com tapioca! Que combinação bem nipo-brasileira!
Amo shitake no arroz, com omelete preciso experimentar. Deve ficar bom em todas estas sugestões.Dadivosa, você é mesmo uma dadivosa. Bom dia. Beijoca
A minha forma de executar essa receita é parecida com a sua.
Renata, vc é muito da prendada!
Akemi, gostei do nipo-brasileira… me fez lembrar que vi um rapaz bem moreninho cantar em japonês (e muito bem) num karaokê 😀
renata, bom dia pra você também! experimente e depoi conte pra nós
Eliana, gosto de usar também o óleo de gergelim no lugar da manteiga… fica boooom
;***
nega, o refogadin de domingo nao era era shitake, era shimeji ^_^
ai, como eu sou tansa! já corrigi (duh!)
obrigada, vissi?
bem que eu achei esquisito quando vc falou que puxava os cabinhos com cuidado. fiquei pensando, admirada, nossa, como é que será que ela faz isso com o shiitake???? rs e bjs, miki
hahah miki, pra você ver como sou prendada! hahahaha
;***