E foi a batata mesmo que ganhou a enquete, seguida de perto pelo pêssego. Vou publicar as três receitas, na ordem de pontuação. Compartilho com o leitor e a leitora queridos uma versão do meu petisco madrilenho preferido, aquele me que puxa o zóio na hora de ler o cardápio e que, na sua ausência, me faz pedir-por-favor-seu-garçom se não tem como preparar uma porçãozinha. Com vocês… Las Patatas Bravas! A foto que fiz, à noite, com muita fome, é... [+]
Vê-se que estão desnudos, escancarados para o mundo, expostos, indefesos e devassáveis, prontos para receber na carne viva os dentes daquele que intentar desvendar seus segredos. Pode ser que o detetive em questão não chegue a lograr seu intento e necessite de uma, duas, oito provas mais para chegar a uma conclusão. Pode ser que nem chegue, caberá ao Leitor e a Leitora revelar ou não o ingrediente invisível que veste os tomates pelados. Ingredientes: 500 g de tomates-cereja 2... [+]
Na falta de batatas, refoguei no azeite uma xícara de arroz já cozido, misturei na cumbuca com três ovos batidos rapidamente com o garfo, juntei sal e pimenta, devolvi a mistura pra frigideira, baixei o fogo, esperei cozinhar quase totalmente, virei no prato, devolvi para a frigideira até dourar o outro lado, cortei em pedacinhos, espetei num pão adornado com uma colherada de molho de tomate com ‘pimentón picante’ e estavam feitos os pintxos de tortilla de arroz que devoramos... [+]
Embora leve alho no nome, esta prima branquela do Gazpacho não costuma ser muito forte. Tem como base amêndoas cruas, pão dormido, azeite, vinagre de jerez e água filtrada ou mineral geladinha. A receita original, do livro “Cocina de Temporada para Inexpertos”, levava um ovo e oito (oito!) gordos e egocêntricos dentes de alho para quatro porções. Fiz metade da receita, adaptando uma coisa daqui e dali, nada de ovo, um só alho. Vamos a ela: Ingredientes: 50 gramas de... [+]
Diz que ele é como escova de dente, traseiro e molho de tomate: cada um com seu cada qual. E depois de provar alguns gazpachos por aí (de restaurantes bacanas aos comedores da fiiiirrrrma), de espiar receitas várias e de arriscar em casa uma que outra versão, posso dizer agora também tenho meu preferido: saboroso o suficiente para ser memorável, suave o suficiente pra não ser “inesquecível”. Suprimi o pimentão, reduzi a cebola, minimizei os alhos e cheguei a um... [+]
Posso dizer se a pasta, os legumes e verduras, o feijão, a batata e o arroz estão cozidos só de olhar (o que não impede me em absoluto de roubar um que outro pedacinho pra acalmar as lombrigas, digo, pra ter certeza). Às vezes também consigo pressentir a hora de retirar o bolo pelo aroma que se desprende do forno e detectar o ponto de uma massa pelo jeito que ela se envolve nas mãos, contando assim com a ajuda... [+]
“Oh, j’ai cassé un oeuf!” foi uma das primeiras frases que aprendi em francês, junto com a Marselhesa e “J’ai cassé le DO de ma clarinete / J’ai cassé le DO de ma clarinete/ Ah, si papa il save ça/ tralala…” A frase do ovo quebrado, se a vista não me pisca, estava lá para ensinar os números, eram slides (coisa mais antiga) de uma visita à feira livre. Tinha também as pommes-de-terre, que na minha cabeça não eram batatas,... [+]
Leitor e Leitora queridos, antes de deixar aqui as instruções para essa delícia de bolo, um alerta: muito desvelo ao lançar-se de última hora à receita não testada da revista para coroar o jantar das visitas. Olhovivo, farofino e, se possível for, um pouco mais de tempo e um Plano B são como canja de galinha. Mal não vão fazer. Eis que o menu era de comidas arabinhas (já feitas e refeitas um bocado de vezes, daqui a pouco mais... [+]
Foi o tio por parte de marido que provocou a cisma ao comentar sobre um molho de calabresa que todos comeram, repetiram, se lambuzaram e apelaram ao pãozinho francês quando a massa acabou. A despeito dos protestos da esposa (que cozinha uma barbaridade e esteve ali ao lado o tempo todo para garantir que nada viesse a desandar), bateu o pé e atribuiu ao seu preciso corte da linguiça e à sua perfeita mescla de temperos o sucesso da empreitada. Era... [+]
Quem disse que só se faz sorvete com maquininha, hein? Mais uma vez a receita do sorvete da vó Dinah foi levada a um almoço de domingo na casa dos tios e primos ‘por parte de marido’, só que de roupa nova, enformada como um pudim. Mais uma vez escolhi os melhores ovos caipiras, peneirei as gemas, bati as claras em neve, deixei a forma dormir no congelador e protegi a sobremesa com um pano de prato branquinho (daqueles com barra de... [+]