Aos domingos

Aos domingos, nem todos, nem sempre, Dinah fazia macarrão, que abria com um rolo fino e comprido como cabo de vassoura (acho que era mesmo um). Uma versão miniatura do mesmo cabo era entregue à neta-grudinho. Além do tamanho, algo mais o diferenciava da versão adulta: dois delineados perfeitos 50 à guisa de olhos, dois pontinhos para formar o nariz e um coração esmagado para ostentar uma boca larga, sinuosa, mezzo Oscar Niemeyer, mezzo Carmem Miranda.  Às mãos da pequena

Que me desculpe o tudo por não estar em toda parte

Avental é guarida. E fazer comida sempre, sempre, sempre será restauro. Por isso, peço desculpas ao tudo por não estar em toda parte.

O Café do Alfaiate

Utensílios afiados, apetrechos para medir, ingredientes que preenchem muitas e coloridas prateleiras, olhos bem treinados, mãos ágeis e ao mesmo tempo cuidadosas, um pouco marcadas por uma espetada aqui e uma queimadura acolá, a obra que toma corpo no calor de muitos graus e uma assinatura inconfundível e despretensiosamente aplicada. Sempre falo que o sapateiro olha pro sapato, expressão que ouvi pela primeira vez em resposta ladina e desconcertante do namorico de uma prima quando ela, baixinho e com as

Carta para a Tatu

Porque cozinhar é conviver.

Bolo de Laranja da Vó Nair

O bolo de laranja da Vó Nair apareceu por aqui em 2007. Rodou o mundo e hoje volta com uma foto mais bonita. Para bater com a mão, deixar esfriando no muro e contemplar os últimos raios de sol do dia.

Quando eu era velha

Quando eu era velha, não sabia que aos 40 seria tão criança.

De madeleines e chocolate

Todo mundo tem uma madeleine, um pão de queijo, uma carne assada de panela, um feijão com ovo frito. Máquinas do tempo aos goles e bocados, a comida tem mesmo o poder de levar a gente pro passado… ou de fazer sentir de verdade o presente.